sexta-feira, abril 22, 2005

Mais coisas engraçadas que não tem graça

- Agora, quando alguém faz uma reunião de amigos em casa sempre tem alguém pra dizer que é uma "festa no apê".

- Alguém sempre lembra de fazer uma gracinha com conotação sexual em conversas que envolvam verbos como meter, enfiar, colocar ou dar.

- Esse mesmo alguém, quando ouve o objeto "dado" ser mencionado, não resiste em soltar uma brilhante piada ligando o mesmo ao ato de fazer sexo anal de forma passiva.

- Piadas comparativas de futebol. "O Flamengo é que nem puta, só apanha de quatro".

- Seu Crêysson (seja lá como se escreve).


postado pelo Doda Vilhena. às 14:19 | link | 5 comentários



quarta-feira, abril 20, 2005

Asteróide irá se colidir com Paulo Coelho em 2034

Universidade do Tampax (Londres) - Uma equipe internacional de astrônomos advertiu nesta semana que o asteróide batizado de 2004MN4 irá se chocar contra a Terra no longínquo ano de 2034, acertando em cheio a cabeça de Paulo Coelho. O mago, no entanto, se diz tranquilo e preparado para o acidente. "Passei os últimos quinze anos da minha vida exercitando minha força gravitacional para esse momento e, se Deus assim escolheu, eu permitirei", filosofa. Coelho garantiu, ainda, que até lá já terá terminado de escrever o livro "Na órbita do asteróide 2004MN4 sentei e chorei", que trará parábolas sábias ensinando o ser humano comum a se preparar para o fim do mundo. RessacaMoral teve acesso exclusivo a um dos trechos da obra, cujo lançamento ocorrerá primeiramente no Sri Lanka:

"(...) aí ele olhou pro (sic) céu e perguntou 'Deus porque sumisse (sic) quando mais precisei de ti?'. Deus tossiu com catarro e recheado de ironia respondeu 'Com licensa (sic). Tenho um asteróide para controlar agora'"

Na órbita do asteróide 2004MN4 sentei e chorei, Paulo Coelho, página 977


postado pelo Paulo às 14:33 | link | 0 comentários



terça-feira, abril 19, 2005

Um dia na vida do Delegado Maria Bethânia

Após insistentes tentativas malsucedidas de reservar um espaço na agenda do Delegado Maria Bethânia, o Betão, a equipe do RessacaMoral conseguiu, finalmente, acompanhá-lo durante um dia inteiro. Betão, idade não revelada, ama sua profissão acima de tudo e se dedica a ela com afinco. Delegado concursado há mais de 20 anos, fez da polícia a sua casa, e de sua casa um cortiço. Combate o crime como quem combate a caspa: "Bandido a gente tem que caçar, tirar e esfarelar", diz. Inseparável de Jussara, seu fuzil AR-15 adquirido no Paraguai durante uma operação contra o contrabando na fronteira, Betão abriu sua privacidade com exclusividade para a equipe do RessacaMoral.

06:00 - O despertador do aparelho celular toca. Maria Bethânia, o Betão, aperta no botão Soneca, vira para o outro lado da cama, e volta a dormir.
06:15 - O despertador toca novamente e, incomodado, Betão desliga o celular.
07:19 - Zuleide, sua faxineira, toca a campainha algumas vezes, mas Betão não acorda para atendê-la.
07:38 - Zuleide bate um pedaço de pau nas rodas da bicicleta de Betão, simulando o barulho de um carcereiro batendo nas grades de uma cela de prisão. Betão se levanta assustado, abraça Jussara e, após alguns minutos de reflexão, abre a porta para Zuleide.
08:13 - Betão comenta comigo que "tempo é dinheiro, para os policiais mais ainda" e em poucos minutos entra no banho.
09:22 - Betão sai do banheiro já vestido com sua farda oficial. Deixa seu frasco de creme rinse em cima da cama para ligar o celular. Ouve as mensagens deixadas em sua secretária, e me conta que "o governador desistiu do café da manhã". Retorna a ligação, desculpando-se por não ter comparecido ao café agendado para as 8 horas por causa de um problema em casa.
09:35 - Betão fecha a casa e caminha até a viatura. Recebo um colete a prova de balas e sou convidado a assumir o papel de co-piloto. Pergunto se não haveria nenhum problema em deixar a viatura da polícia estacionada em sua própria garagem, e Betão responde calmamente que isso não é da minha conta.
10:02 - Recebemos pelo sistema de comunicação da polícia um chamado: a pouca distância de onde estávamos, um carro é assaltado e o ladrão mantém um refém sob ameaça de morte. Betão liga a sirene de sua viatura, acelera fundo e comenta que bandido bom é bandido torturado. "Vamos fazer justiça nessa porra!", se anima.
10:17 - Observo os instrumentos da viatura quando, repentinamente, o carro dá uma freada brusca. Assustado, me abaixo. Após alguns segundos de tensão, percebo que o carro parou em frente a um boteco. Betão desce, encosta no balcão, e pede uma dose de cachaça.
10:29 - Betão toma sua segunda dose de cachaça.
10:41 - Enquanto degusta sua terceira dose de cachaça, Betão nota uma estranha movimentação do lado de fora do bar: dois homens carregam um pé de cabra e uma chave mestra. "Esses caras tão de onda!", comenta. Sai correndo do boteco. Ao chegar à calçada, nota que não há nenhuma confusão, como havia imaginado. "Bora, bora, que a gente tá atrasado, moleque", me ordena gentilmente.
10:42 - Betão percebe que sua viatura sumiu.
10:45 - Ao notar uma moça de aparentes 18 anos abrindo seu Kadett marrom, Betão lhe mostra seu crachá e pede que ceda o carro em nome da lei. Como a menina não acredita ao ler "Maria Bethânia" em sua identificação, ele lhe mostra Jussara.
11:22 - A bordo do Kadett de Mariana, que nos acompanha no banco de trás, chegamos ao local onde um bandido fizera um refém horas antes. Betão desce do carro empunhando Jussara. Aparentemente, o assalto já acabara. Betão entra em uma loja de calçados parcialmente fechada para perguntar o que houve por ali. É recebido por uma senhora que chora copiosamente e explica que seu marido acabara de ser morto. "Ainda chamamos a polícia, mas ninguém veio. Nossa polícia é muito incompetente", reclama. O delegado Betão algema a senhora por desacato à autoridade.
11:26 - Rumamos à 26ª DP. Sou convidado pelo delegado a empunhar uma arma em direção à cabeça da senhora que o havia desrespeitado, para garantir que ela não faça nenhuma gracinha. Mariana parece pouco à vontade participando do combate ao crime.
11:55 - Já na 26ª DP, Betão entrega a senhora mal educada à carceragem, e saímos para o almoço no carro de Mariana.
12:38 - Vamos ao restaurante "A Kilo Roxo", onde, segundo Betão, se faz a melhor comida do comércio da cidade por apenas um real. Betão faz um prato de um quilo e meio, misturando macarrão, purê de batata, peixe, almôndegas, feijão e alguns sushis. Faço um prato com arroz, feijão e bife. Mariana prefere não comer.
13:17 - Após lamber o prato, Betão se levanta e, educadamente, diz que vai ao banheiro "controlar uma rebelião". Divido uma Coca-cola com Mariana enquanto o aguardamos.
14:22 - Betão volta à mesa. Saímos do restaurante e, ao entrarmos no carro, ele comenta que a vida de delegado não é nada fácil e mal dá tempo para se envolver com garotas. Betão me pede para dirigir o carro, e opta por sentar no banco de trás, ao lado de Mariana.
14:31 - Quando o carro pára em um sinal, Mariana abre a porta e, aos gritos de "socorro" e "me larga", foge em disparada da viatura improvisada.
14:49 - O celular do delegado toca: outro chamado urgente a ser atendido. Um idoso com mais de sessenta anos acaba de ser assaltado e espancado em uma agência bancária. Pergunto se devo acelerar em direção à agência, mas o delegado, pensativo, leva alguns minutos para responder. "Meu filho", raciocina, "se o velho tá morrendo, o que a polícia tem pra fazer lá? Nada! Ele tem que parar de encher meu saco e chamar uma ambulância!". O delegado me manda continuar dirigindo sem rumo.
15:03 - Quando passo em frente a uma praça, o delegado me manda parar o Kadett de Mariana. Vejo uma confusão a menos de 50 metros: dois rapazes esmurram uma criança para roubar sua bicicleta. Separo a máquina fotográfica para não perder a oportunidade de registrar a prisão dos dois delinquentes.
15:04 - Betão desce do carro e vai direto a uma barraca hippie, onde compra um anel de caveira e uma soqueira por apenas 15 reais. "Rapaz, isso aqui vai ser uma beleza pra quando eu pegar um argentino", comenta. E volta para o carro. Assume o comando do Kadett me dizendo que eu não tenho habilidade para dirigir como policial.
15:38 - Enquanto passeamos pela cidade, Betão comenta que está entediado. A vida de delegado, além de desprovida de emoções, é cansativa para um homem com a idade dele. Pergunto sua idade, e o delegado me responde com uma coronhada.
15:59 - Voltamos à 26ª DP. O delegado me leva para conhecer seu gabinete: na parede, há um pôster de campeão brasileiro do Guarani de Campinas, uma foto do Ayrton Senna e uma capa de um disco do Michael Jackson. Em sua mesa, um telefone de disco, uma velha Olivetti e várias fotos de armas do mundo inteiro. Na estante, apenas a Bíblia Sagrada. Betão me deixa ler algumas linhas do papel estacionado em sua máquina de escrever. E me explica que este é o início de sua autobiografia, cujo título será "Pena de morte pra bandido é pouco". Já está na segunda página.
16:12 - O soldado Nogueira pede audiência com o delegado Betão. Conta que uma senhora presa em uma das celas da delegacia alega inocência e diz que foi detida injustamente. Seu marido teria sido morto durante um assalto pela manhã. O delegado, revoltado, manda investigar e prender o responsável por tamanha truculência.
16:17 - O telefone da mesa do delegado toca. Um novo chamado o excita: um argentino foi visto xingando um rapaz negro de negro no centro da cidade. "Ah, agora o couro vai comer", comemora Betão. O delegado termina de lustrar Jussara e saímos rapidamente para combater o crime.
16:19 - Como o Kadett de Mariana havia sido guinchado por estacionamento em local proibido — ele estava parado em frente à garagem da delegacia — somos obrigados a utilizar uma das viaturas oficiais. Betão liga a sirene e dispara em alta velocidade.
16:29 - Chegamos ao local de onde partira a denúncia. Empunhando Jussara no braço esquerdo e sua nova soqueira na mão direita, Betão anda alucinado pelas ruas perguntando "cadê o argentino filho da puta?".
16:35 - Betão pergunta a um rapaz que tocava uma música dos Beatles em uma flauta se ele sabia alguma coisa a respeito de um argentino. Ao responder "No hay argentino aquí", o garoto leva um murro de Betão, perdendo todos os quatro dentes da frente. O delegado o derruba no chão e o domina colocando o joelho por cima do peito do rapaz. "Tu vai aprender a ser gente, seu argentino filho da puta", comenta o delegado enquanto esbofeteia o flautista.
17:12 - Betão promete ao rapaz não mais lhe bater, desde que ele concorde que é argentino e que prometa nunca mais ter atitudes racistas. O flautista apenas balbucia.
17:38 - Betão larga o corpo inerte do flautista peruano no chão, e entramos na viatura. "Esse desgraçado mereceu o pito que eu dei", argumenta.
17:42 - Com a certeza de mais um dia de dever cumprido, Betão diz que, apesar das dificuldades, gosta de seu ofício. E que não trocaria sua profissão por nada, a não ser uma viagem para o Nordeste — desde que pudesse levar Jussara com ele. Estressado, alega que precisa descansar, enquanto passeamos por uma das avenidas mais movimentadas da cidade. "Ser policial", ensina, "não é mole, não. Tem que ter muita cabeça fria", conclui enquanto acende um baseado para relaxar.


postado pelo Paulo às 11:15 | link | 4 comentários



segunda-feira, abril 18, 2005

Racismo nunca mais

São Paulo - O jogador Grafite oficializou ontem na 67ª DP do Itaim Bibi queixa crime de racismo contra o Vaticano. Ele alega que não existe razão plausível para o anúncio do nome do novo Papa ser precedido por uma fumaça preta, que indica que tudo ainda está sem definição. "Essas coisas não podem existir nos dias de hoje. Estou bem preparado técnica e fisicamente para, junto com meus companheiros, levar esse caso até o fim", comentou o centroavante afro-brasileiro do São Paulo.

De Roma, o cardeal africano Adis-Adis Babawana, arroz de festa no RessacaMoral, escolhido para falar pelos cardeais, negou que tenha sido selecionado para a defesa apenas porque é preto. "Aqui em Roma não toleramos racismo. Isso é coisa desses judeus-viados-braquelos-narigudos-filhos-da-puta, como o próprio João Paulo, aquele polaco, costumava dizer".


postado pelo Anônimo às 22:08 | link | 0 comentários




Roma é uma festa

Praça de São Pedro - O início do conclave entre cardeais do mundo todo para a escolha de um novo Papa trouxe de volta o sorriso aos religiosos do Vaticano. A reunião dos padres começou hoje, dia 18. Confinados, eles só voltarão à liberdade quando decidirem pelo sucessor de Karol Wojtyla, o João Paulo de número dois. O mundo todo espera pelo nome do próximo sumo pontífice.

Para simbolizar a escolha, a chaminé da Capela Sistina exala apenas fumaça preta. Quando começar a branca é sinal que a votação chegou ao fim. O conclave estava marcado para começar uma semana atrás, mas o atraso do cardeal jamaicano Josh Greatweed III fez com que os trabalhos fossem adiados.

Greatweed foi recebido efusivamente pelos demais cardeais, todos de posse de um atestado médico de glaucoma. Segundo Adis-Adis Babawana, cardeal emérito da ala africana, representante do Burundi e que insiste ser um papabile dos mais cotados, a presença do representante jamaicano deve fazer com que o conclave demore pelo menos até o próximo final de semana.

Num furo sensacional de reportagem, o RessacaMoral teve acesso a uma declaração do cardeal alemão Joseph Ratzinger, candidato ao trono de São Pedro, no início da reunião. "Porra, vou logo avisando, o próximo Papa vai ter que ter nome de homem!".


postado pelo Anônimo às 22:04 | link | 0 comentários



Ressacas passadas

Tiras pré-fabricadas
Delegado Maria Bethânia dá lição de moral em jogad...
Coisas interessantes para você fazer enquanto o Re...
Mais farsas
O som do barzinho
Fã-clubes que não deram certo
Ressaca roubado é encontrado na rua da amargura
Farsas
Manchetes, apenas manchetes
Ressaca Moral de volta após uma semana

Velharias

13/03/2005
20/03/2005
27/03/2005
03/04/2005
10/04/2005
17/04/2005
24/04/2005
01/05/2005
08/05/2005
15/05/2005
22/05/2005
29/05/2005
05/06/2005
12/06/2005
19/06/2005
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18/12/2005
28/05/2006


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