segunda-feira, maio 23, 2005

Steve Mcqueen é meu herói e nada me faltará

Imaginem a cena. O mundo tá acabando, maremotos, terremotos, pestes, erupções vulcânicas, Botafogo campeão brasileiro, chuva de meteoros, nuvens radiativas em todas as partes, alienígenas mandando raios a torto e a direito e os mortos teimam em sair das tumbas. É, o negócio tá feio. Quando você já se dá por vencido, crente que é o fim dos dias, eis que no horizonte surge uma luz salvadora. Aliás, duas.

Os nossos salvadores aparecem apenas com um fuzil cada um. De um lado Charles Bronson, do outro Colin Farrel. Eles te explicam que são as últimas esperanças da humanidade e que, com muita porrada, vão salvar a todos. Eles vão brigar em dois frontes e terão que dividir os sobreviventes. Que lado você escolheria? Se fosse o do Bronson, estaria feito. Salvação na hora. Se fosse o do Farrel, fudeu-se. Vai virar adubo.

Toda essa enrolação é para fazer notar como os heróis de hoje, mais especificamente do cinema, não têm cara de herói. Quem, em sã consciência, se ofereceria para lutar ao lado de Orlando Bloon contra o sultão Saladino, como no filme Cruzadas? É ruim, hein! Encarar um exército turco tendo comandante um cara que parece ter saído do São Paulo Fashion Week, nem fudendo.

Herói de verdade tem que ter cara de mau, de um grandíssimo filho da puta. Herói metrossexual não dá. E não se trata de preconceito contra os marmanjos que fazem as unhas, passam creme antes de dormir e combinam o cinto com as meias. O negócio é que nessas horas não dá para confiar num cara assim.

As meninas podem gostar, até porque o mundo um dia acaba e a gente nunca vai saber do que as mulheres gostam. Mas, cara, falando sério, o que predomina em Hollywood é o mocinho com rosto de Barbie. Johnny Deep é um puta ator e Brad Pitt quando faz papel de maluco se sai bem, mas nunca seriam capazes de salvar o dia. Seriam capturados e seviciados pelos inimigos.

Basta lembrar que sucessos recentes como O Gladiador e O Senhor dos Anéis tiveram protagonistas com jeitão de tio mais velho que te leva ao campo de futebol, mas era para ver o Doutor Sócrates e não David Beckhan. Se eles fossem parecidos com aquele amigo do seu irmão que chega na sua casa, fica no espelho ajeitando o cabelo milimetricamente desarrumado e, antes de sair, comenta "Vou pirar o cabeção na balada", o ex-general romano nunca teria tido sua vingança (aliás, nem chegaria a general, no máximo seria alferes) e as forças de Mordor tomariam conta da Terra Média.

Herói, aquele cara em quem você confia cegamente a própria vida, não tem que ser bonito. Nem deve. Tem que ser feioso e com um simples olhar fazer o inimigo se cagar de medo. John Wayne, grandão, desengonçado e barrigudo, matava em média dez índios por dia numa época em que índio bom era índio morto.

A falta de um modelo decente para herói prejudica até as outras classes. Não se acha mais nenhum vilão decente. Bons tempos em que ao se entrar no saloon e deparar-se com Lee Van Cleef a gente já sabia que ali residia 95% de todo o mal que um homem pode ter. Se ao invés dele quem estivesse lá fosse Tom Cruise, o máximo que se acharia é que aquela era a puta mais feia do estabelecimento.

Para mim tem mais valia ver pela milésima vez Clint Eastwood mandando bala pelas ruas de San Francisco do que Ewan McGregor empunhando um pinto de luz contra o lado negro da força.

Fenômeno semelhante acontece também com as "beldades" de hoje em dia, mas isso eu trato em outra oportunidade.


postado pelo Anônimo às 17:50 | link | 2 comentários




Remake de Carrossel poderá contar com Michael Jackson

Neverland (26ª corte) - Para deleite dos fãs do dramalhão mexicano Carrossel, novela exibida na década de 80 no Brasil pela TVS — Televisão do Silvio —, a produtora Televisa anuncia a intenção de iniciar ainda neste mês as gravações do remake do pastelão. A nova produção, diferente da original, seria voltada especificamente para o público adolescente e adulto.
Michael brinca no set:
"mas eu só quis dizer..."
"Pretendemos fisgar o pessoal que curte a nova onda de nostalgia das produções de qualidade dos anos 80. As crianças de hoje em dia são bem mais espertas, basta ver a bilheteria do último Star Wars", explica Robledo Gonzalez, diretor do novo Carrossel.

Voltada especialmente para o público brasileiro, a versão atualizada da novela deverá se adequar aos novos padrões televisivos impostos pela Globo. "Teremos muita barriguinha de fora. A escolinha da professora Helena sofrerá grande influência de Malhação", admite Gonzalez. O grande trunfo da produtora, no entanto, é a participação do popstar Michael Jackson. O cantor, inicialmente, faria o papel de Cirilo. Após meses de negociação, contudo, ficou acertado que Michael representará Maria Joaquina. "Tivemos que mudar a personagem de Maria Joaquina para adequá-la ao físico do Michael. Ela agora será muito mais loira e preconceituosa do que na versão original", afirma Gonzalez. O diretor revela, ainda, que os outros personagens da trama serão interpretados por atores acima de 21 anos. "Depois que fechamos com o Michael, sabe como é, não deu pra deixar nenhuma criança por perto", brinca Gonzalez.


postado pelo Paulo às 13:17 | link | 2 comentários



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