quinta-feira, junho 16, 2005
Deputado Seleno Petardo acusado de receber o Mensalão
Toma lá (Da cá) – Outro nobre deputado aparece envolvido com o chamado Mensalão. Seleno Petardo (PV-RS) teria sido visto na companhia de Mensalão na praia do Pepino no Rio de Janeiro, domingo passado.
“Não era o Mensalão, era o meu sobrinho Jair”, defende-se o parlamentar. Segundo o malemolente delegado Maria Bethânia, o Betão, participante das investigações envolvendo sacanagem com a bufunfa pública, a história não é bem essa. Petardo teria recebido Mensalão em seu apartamento no Leblon mais de uma vez e, de acordo com várias testemunhas, o casal foi visto dançando animadamente na boate Le Boy, também na capital fluminense.
Renerson Oliveira, mais conhecido na noite como Audrey Schneider, garante à nossa reportagem que viu o deputado Seleno acompanhado de Mensalão, desfilando na Banda de Ipanema em fevereiro último, no carnaval carioca. “Agora aquela biba vem querer dar uma de Mensalão? Eu conheço aquilo ali lá de Madureira, fazia ponto comigo na mesma esquina, na época ela usava o nome Propina Lee”, afirma Schneider, quer dizer, Oliveira.
Mensalão e o deputado Seleno Petardo (PDT-GO) na boate Le Boy, flagrados pelo felpudo clique de Messias Jardan
postado
pelo Doda Vilhena. às 15:25 | link
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Tolerância zero: cerveja ruim dá cadeia
Hip Hip (Hurra) - Após meses de investigações cinematográficas cercadas de mistérios, perigos e propinas, o delegado Maria Bethânia, o Betão, anunciou ontem a prisão de mais de 60 envolvidos na fabricação da cerveja Nova Schin, condenados por, entre outros crimes, fabricar a pior cerveja que o Brasil conheceu desde a invenção da loira com biquini. Betão explica que decidiu efetuar as prisões depois de implantar a política de tolerância zero dentro da 26ªDP, seu escritório, segunda casa e eventual ponto de encontro entre amigos.
A idéia surgiu durante uma reunião entre Maria Bethânia, o Betão, e alguns dos mais | O clique ébrio de Messias Jardan denuncia o prejuízo no combate ao crime causado pela Nova Schin | importantes criminosos da região. "Estávamos discutindo uma nova técnica de combate ao crime quando o [responsável pela distribuição de armas no bairro] Racha-Crânio trouxe uma caixa daquela tal Nova Schin. Na hora foi uma alegria só, toda a bandidagem desatou a abrir latinha. Foi só dar as primeiras goladas pra perceber que tinha maracutaia da braba no meio. Tive que fuzilar o Racha", emociona-se Betão. Apesar do abalo psicológico, o delegado diz que não se arrepende de ter perdido a amizade do contrabandista. "Dos outros a gente espera qualquer coisa, mas vindo de amigo a casa cai. Foi traição, sim", justifica.
O episódio acabou deflagrando uma verdadeira guerra contra a Schincariol, fabricante da cerveja Nova Schin. Minutos após desovar o corpo de Racha-Crânio, Betão e seus companheiros invadiriam a fábrica da Nova Schin utilizando granadas, pistolas e armas de uso exclusivo do exército israelense. Maria Behânia, o Betão, teria ordenado a ação ao lado de Jussara, seu inseparável fuzil AR-15 que quebra o coco e destroça a sapucaia.
Um dia após a empreitada, Betão ainda se divide entre comemorar o sucesso da operação e lidar com terríveis dores de cabeça. "Ainda não consegui me livrar de toda aquela porcaria que eu bebi", queixa-se. O importante, no entanto, segundo o delegado, é manter a ordem na sociedade. "Depois da conversinha que a gente teve ontem, quero ver aqueles filhos da puta voltarem a vender aquela merda. Experimentem!", ameaça Betão.
postado
pelo Paulo às 10:53 | link
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quarta-feira, junho 15, 2005
Jefferson chuta o ventilador e joga bosta no pau da barraca
Joana (Casa da Mãe) – Ninguém se entende na capital federal. O deputado e ex-fofinho Roberto Jefferson (PTB-RJ), inconformado por ter sido excluído da brincadeira, ficou emburrado e fez bico, acusando outros nobres deputados de fazerem com o país o que cerveja choca faz no banheiro após um porre daqueles. Sobrou pra todo mundo, inclusive para os articulistas do Ressaca Moral, acusados pelo deputado Jeff de receberem elogios indevidos. “Achar um texto engraçado tudo bem, mas daí a chamar os senhores Tylon Maués e o Vladimir Cunha de bonitos é sacanagem!”, disse o deputado.
Vladimir Cunha, articulista e Diretor de Traumatologia do blog Ressaca Moral, limitou-se a comentar que “o nobre deputado, deveras abalado pelas denúncias de mau uso do dinheiro público contra a sua pessoa, nos acusa levianamente de algo obviamente improvável. Ninguém em sã consciência acharia Tylon Maués um homem bonito”.
Já para Tylon Maués, articulista e Almoxarife de Ressaca Moral, “o nobre deputado, bem como Vladimir, deveriam tomar no olho de seus próprios cus”.
Na foto, o polivalente Luís Inácio: Presidente, Torneiro Mecânico e Constrangido. O corrompido clique é de Messias Jardan
postado
pelo Doda Vilhena. às 14:25 | link
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Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Nunca gostei de música dor-de-cotovelo. De nenhuma espécie, nem das interpretadas pelas minhas bandas de rock favoritas. Não tem nada a ver com repressão de sentimentos ou anti-romantismo, minha relação com música sempre foi mais pra cima, sabe? Ouvir em momentos de festa, alegria, para relaxar no trabalho, arremessar mesas em bares ou quebrar garrafas na cabeça de garçons desonestos, nunca para me deprimir ou choramingar. E outra, é difícil falar de amor e não ser brega, também por isso evito esse romantismo musical. Sinto-me meio ridículo cantando que não vivo sem você, por que você foi embora ou que sou corno.
Mas parece que o cara quando compõe uma música para cotovelos doloridos, mesmo sabendo que a letra não é lá essas coisas, sabe que uma hora ou outra vai pegar algum desavisado na rua da amargura que vai escutar, se identificar e o pior, gostar daquela porcaria.
Confesso que em minha primeira desilusão amorosa vivi momentos de extremo ridículo ao identificar em um clássico do repertório de Djavan, uma parte da história que dilacerava meu coração naquele momento. “Oceano” é o nome da maldita música. Lembre da letra e repare que não faz sentido. São frases coesas, porém sem nenhuma preocupação conectiva entre elas. Claro que nego veementemente qualquer acusação que faça menção ao episódio, este é um assunto que fica somente entre nós, caro leitor. Sempre soube que Djavan era um horror e que empregava seu parco talento para o mal. E os militares perseguindo o Chico, veja só.
Após muitas choradeiras de boteco e algumas outras desilusões amorosas, o trauma da identificação de alguma história minha com músicas românticas parecia superado. Mesmo no fundo do poço (e sempre no fundo do poço tem um radinho tocando músicas de corno), passei a bloquear mentalmente qualquer tentativa de artistas medíocres atingirem meu coração com meladeiras de 2ª categoria.
Mas eis que, mesmo com alguma experiência na área do fracasso sentimental e vacinado contra a breguice mal disfarçada de artistas que não sabem fazer música, caí em uma armadilha do rock.
O rock parece amor de puta. Você sabe que ela gosta de você, já viveram momentos felizes, ainda podem viver muito mais. Mas inevitavelmente você será traído. Mas sem desespero, é apenas uma questão estratégica: estudar todos os possíveis cenários e estar preparado para os piores, ou seja, uma garrafa atirada no palco quando a banda for ruim ou um tapa na cara da vagabunda “pre’la saber com quem tá se metendo”.
Mas como ia dizendo, o rock, este ordinário, me pregou uma peça. Cavucando bandas desconhecidas na Internet, deparei com uma que classifiquei de “bacaninha”. Gostei do som, estava ouvindo tranqüilamente no computador quando uma das letras começou a atrair minha atenção por descrever uma situação que eu estava vivendo. Ao final, apertei no repeat...quando dei por mim já estava cantando o refrão e lembrando daquela que me maltratava no momento específico. Droga, fui vencido novamente. Snif.
“Eu vim te ver Me deixa entrar Eu sei é tarde Mas vem que é hora de Se entender Vai me deixa entrar Eu sei é tarde Mas vem que é hora Da gente se entender Da gente se aceitar Eu sei é tarde mas vem”
O cotovelo do cronista no ortopédico raio-x de Messias Jardan.
postado
pelo Doda Vilhena. às 00:02 | link
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