Logo depois que soube que seria o novo Papa, o cardeal Joseph Ratzinger ouviu a pergunta que dá nome a esse texto (Por qual nome deseja ser chamado?). O Torquemada II seguiu a tradição no Vaticano e escolheu homenagear um santo, no caso Bento (mas não era Benedito?). Poucos Papas mantiveram os nomes de batismo.

Não sou muito fã de igrejas em geral, mas, nesse caso, acho essa iniciativa bem legal. Não seria interessante um procedimento semelhante nas mais variadas atividades? Eu gostaria e, com certeza, escolheria outro nome que não o meu.

Os novos jornalistas, cientes de que são as últimas bolachas recheadas do pacote, tratariam de se chamar Otto XXVII, em homenagem a Otto Maria Carpeaux, ou Machado CM em alusão ao autor de Dom Casmurro. Os fotógrafos seriam todos Sebastiões. Particularmente escolheria Aparício para lembrar de Aporelli.

No futebol o garoto sairia do sub-20 e seria logo o zagueiro Obdúlio CC e o meia Rivelino XXX. Nesse caso procuraria-se evitar um Pelé ou Maradona II. Pressão a mais nunca é bom.

No Rock'n Roll não seria diferente. Mal a banda estréia e ela seria capitaneada pelo cantor Dylan CXXI e pelos guitarristas Zappa IV e Van Halen C. Na música clássica seria uma festa.

Categorias como contadores, vigilantes e policiais teriam um pouco de dificuldades em escolher novas nomenclaturas, mas, mesmo nesses meios deve haver os luminares que merecem uma homenagem.

Seria o fim dos anônimos? Não porque a imaginação do brasileiro continuaria fértil. Não faltaria uma Thalyta Samantha XL, Jonathans LX ou, num arroubo de loucura, um Tylon II.

postado pelo Anônimo às 19:15 | link