Morumbi (SP) - A onda racista não tem mesmo limites. Na quarta-feira, logo após o jogo São Paulo x Kill Mes, pela Copa Libertadores da América, o prestativo delegado Maria Bethânia, o Betão, saiu de casa, deixou seu televisor da National ligado e, dirigindo sua viatura acima da velocidade permitida pela lei, invadiu o estacionamento do estádio Morumbi, atropelando e matando instantaneamente quatro senhoras que faziam um protesto pela paz no trânsito. A tragédia, felizmente, não foi em vão. Betão realizaria, alguns minutos depois, mais um de seus importantes feitos: espancar e deter um argentino acusado de racismo.
Segundo o delegado Betão, o argentino Miguél Rojas Gonzales, jogador do time do Kill Mes, teria praticado atos racistas contra o jogador Grafite, do São Paulo. Grafite, cujo nome significa "aquele que chamou o elevador e não teve paciência pra esperar" em um dialeto oriental, relata que, após um lance normal de jogo, esmurrou o argentino, deu-lhe dois cascudos, desferiu-lhe quatro pontapés, aplicou-lhe um tacle e o chamou de "argentino viado". Miguél teria lhe respondido "tu eres un panaca", o que foi considerada uma grave ofensa racista. "Ele só me chamou de panaca porque eu sou negro", acusa o jogador brasileiro. O delegado Betão, que assistia a tudo pela televisão, no conforto de seu modesto lar, não contou conversa: tirou do armário seu fuzil AR-15 e em menos de 10 minutos já estava com a gola do argentino entre as mãos.
"Ele vai ver o que é bom pra tosse", garantiu o delegado, em uma coletiva na 26ª DP, exibindo um vidro de veneno para ratos. "Vamos fazer justiça. Ninguém vai ser torturado mais que o necessário", prometeu. O argentino deverá ser liberado logo após o procedimento de acariciação com outros detentos.
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pelo Paulo às 15:21 | link
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