terça-feira, maio 17, 2005

Filas para Star Wars cada vez maiores

Brasil (mostra tua cara) - As filas formadas pelos fãs da série Star Wars, produzida pelo holocausto-descendente* George Lucas, têm se tornado cada vez maiores pelo país. A estréia mundial de Star Wars: Episódio III — A Vingança dos Sith, prevista para esta quinta-feira, promete ser um dos eventos mais disputados do país em todos os tempos. Segundo especialistas, o congestionamento nas filas já ultrapassa 103km, ficando atrás apenas da fila por um balde de água no Piauí em 1982 (141km) e da espera por um papelote de cocaína no Rio de Janeiro durante o racionamento em 2001 (312km).

Aguardar vários dias por um ingresso pode ser uma tarefa estafante, mas não para os fãs de Anakin Skywalker. O adolescente R.2.D.2, de Rolim de Moura, Rondônia, já está na fila há 41 dias. Embora a cidade não possua nenhuma sala de cinema — a última foi transformada em um escritório de contabilidade por uma tribo de ianomamis —, ele aguarda ansiosamente pelos efeitos especiais elaborados pela Industrial Light & Magic. "Acredito na Força. Sei que, na última hora, esse obstáculo será superado", confia R., que garante ter encontrado a razão para viver na religião jedi.

Messias Jardan capta toda a descontração dos fãs de Quixadá
Em Moita Bonita, Sergipe, o lavrador Vandicleison "Wan Kenobi" Nonato se prepara para assistir o Episódio III desde a última chuva. Ao saber da estréia, Vandicleison abandonou a esposa e os quatorze filhos, vendeu sua casa e iniciou uma solitária caminhada até o cinema mais próximo, distante 8 mil léguas. "Todo mundo aqui vai embora pro Sul atrás de dinheiro e nunca mais volta. Eu vou embora atrás da Força", declara Vandicleison. O lavrador pretende, um dia, levar toda a família para assistir à super-produção.

No interior do Pará, na cidade de Altamira, as filas têm se tornado ponto de encontro dos adolescentes da elite. Enquanto aguardam pela exibição de A Vingança dos Sith, os jovens espantam o tédio com brincadeiras e competições em que elegem a fantasia mais bonita. "A gente fica jogando peteca paga-cú que é pra passar o tempo", explica Washington "Yoda" Queiroz, citando uma tradicional brincadeira local. Washington gastou mais de 6 mil reais em uma fantasia feita de veludo que lembra de longe o mestre Yoda, personagem da série que é uma espécie de guru da auto-ajuda. "Ficou linda. Vou usar toda vez que sair pra balada", brinca Washington.

* Seguindo recomendação da cartilha politicamente correta do governo, o termo "judeu" foi retirado desta matéria por ser considerado ofensivo. Sugere-se a utilização de "holocausto-descendente" ou "indivíduo territorialmente prejudicado".


postado pelo Paulo às 11:59 | link

1 Comentários:
Anonymous Anônimo disse...

Peteca paga-cú é foda...esse aí errava de palmo em cima só pro colega acertar na bozoca dele...

3/6/05 16:31

 

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